O que vi no Natal

O Natal longe da família teve momentos de melancolia, por isso, comecei-o revendo filmes. "The Money Pit" (1986) continua a ser uma ótima comédia, que nos faz rir com o "slapstick" e ainda pode ser usada por professores para explicar o que é uma metáfora (a casa = o relacionamento).  "Die Hard" (1988) continua a ser o filme que tirou os músculos do herói de ação e para o bem e para o mal, mostrou que pessoas normais também podem eliminar terroristas. 

Depois entrei numa sequência Bill Murray. Nunca vira "A Very Murray Christmas" (2015), na Netflix, um filminho muito querido. Passei para "The Bill Murray Stories" (2018), documentário sobre as aparições do ator em locais e situações inesperadas (festas privadas, bares, e por aí adiante) que só mostra que ele é um sujeito que parece saber viver bem a vida. Terminei com "Scrooged" (1988), adaptação de "A Christmas Carol" que melhora com os anos passados, mesmo que eu não esteja muito certo se são os anos do filme ou os meus.

"Scrooged" levou-me a uma vibração mais classicamente natalina, então fui atrás de filmes com o Pai Natal. "Santa's Slay" (2005) é uma comédia "trash" divertidíssima com um Pai Natal assassino que é filho de Satanás e uma virgem chamada Erica. Já o finlandês "Rare Exports" (2010) não é exatamente uma comédia e parece sofrer com a falta de dinheiro para efeitos visuais mais impressionantes, mas é atravessado do início ao fim por um humor muito ácido que o sustenta bem.

O período de festas terminou com "The Shawshank Redemption" (1994). A minha mulher nunca o tinha visto, por isso, tive um pretexto para revê-lo pela enésima vez. Para quem não viu, poderíamos dizer que é um filme sobre não perder a esperança de que tudo acabe numa praia paradisíaca. Adequadíssimo aos nossos tempos, portanto.