VIY (1967)

Filmes de países que já não existem são como pequenas cápsulas do tempo, e o primeiro filme de terror da URSS não poderia deixar de ter uma justificação inicial fundada no povo (mesmo que o folclore reclamado por Gogol para a história original fosse uma verdadeira balela) e uma conclusão a condizer com o espírito da nação: "é preciso trabalhar". Enquanto obra de terror e fantasia, é terrivelmente convencional e ultrapassado, mesmo para os padrões da época: em 1967, o Japão já fizera "Jigoku" há 7 anos e "Onibaba" há 3, "Rosemary's Baby" viria no ano seguinte e a Checoslováquia dar-nos-ia essa maravilha chamada "Valerie a týden div"em 1970. O que prevalece é mesmo o interesse arqueológico e contemplar a belíssima técnica dos filmes soviéticos.