SE TIL VENSTRE, DER ER EN SVENSKER (2003)

O mundo roda, as epidemias mudam e é fácil a gente esquecer-se como, em 2003, ser infetado com o HIV ainda parecia uma sentença de morte ou, pelo menos, de uma qualidade de vida muito inferior. Não que este filme Dogma faça disso uma tragédia à "Les Nuits Fauves", muito pelo contrário: é uma comédia romântica leve e humana, muito mais na linha de Lone Sherfig do que na de von Trier e Vinterberg. Seis anos depois de começar, o Dogma já não sobrevivia bem e levava a histórias, lugares e emoções que já pareciam vistas, mas o seu efeito "corretivo" no cinema dinamarquês e mundial era incontornável. O movimento esgotara-se, não porque morrera, mas porque fora absorvido.