Disse há dias que o terror é teimosia. Mas, vendo Profondo Rosso, há algo mais. Nele trabalha-se a cor e fala-se do dentro e do fora, do perto e do longe, da música e do silêncio. E todos são teimosos. Mas será terror?
- Terror é esta campanha, que nos mata, nos trucida, nos tortura, nos condena para sempre.
Nem tenho tido muito tempo de prestar atenção. Gosto muito do meu trabalho. Ainda bem.
- O que importa é haver trabalho.
O que importa é haver vida. Nascemos pequenas bolhas neste mundo e, enquanto fazemos aniversários, teimamos em não ir.
- A vida será terror.
Então. Talvez não. E eu nunca disse que eles são uma e a mesma coisa. Qualquer drama é herói, objetivo, dificuldades; qualquer drama é teimosia. E eu não sei se slasher - ou até gore - é terror.
- Mas isso é muito subjetivo.
Sim.
- Devias mentir.
Será culpa da geração ou do Freddy Krueger? Preciso do sobrenatural ou da sua possibilidade. A violência incomoda. A distorção do corpo pode repugnar-me. Mas não me aterrorizam.
- E amanhã?
- Amanhã...
Nenhum comentário:
Postar um comentário